[editar]Descrição
undo, aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres,[4] admitem ter um passado de pichadores. Na língua inglesa, contudo, usa-se o termo graffiti para ambas as expressões.[5]
A partir do movimento contracultural de maio de 1968, qu
Grafito
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Grafite ou grafito[1] (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-segrafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais,[2] mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, comparando o grafite com a pichação[3], pois em diversos países ambos configuram crime de vandalismo quando realizados sem a devida autorização, tanto em propriedade pública ou privada.
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ando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas ad nauseam, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan.[6] Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX. Atualmente no século XXI, muitas pessoas usam o grafite como arte em museus de arte.
[editar]Termos e gírias
- 3D - Estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho / sombra das letras.
- Asdolfinho - Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visado a pintura animal.
- Backjump - Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo).
- Bite - Cópia, influência directa de um estilo de outro writer.
- Bombing - Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.
- Bubble Style - Estilo de letras arredondadas, mais simples e "primárias", mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.
- Cap - Cápsula aplicável às latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny", "Fat", "NY Fat Cap", etc.).
- Characters - Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.
- Crew - "Equipa", grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com dois a 4 letras) em cada obra.
- Cross - Pintar um grafite ou assinatura por cima de um trabalho de um outro writer.
- Degradé - Passagem de uma cor para a outra sem um corte directo. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor.
- End to end - Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).
- Fill-in - Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite.
- Hall of Fame - Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.
- Highline - Contorno geral de todo o grafite, posterior ao outline.
- Hollow - Grafite ou Bomb que não tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal
- Inline - Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras.
- Kings - Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência.
- Outline - Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das mesmas, dando uma noção de tridimensionalidade.
- Roof-top - Grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas. Um estilo associado ao risco e ao difícil acesso mas que é uma das vertentes mais respeitáveis entre os writers.
- Spot - Denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.
- Tag - Nome/Pseudónimo do artista.
- Throw-up - Estilo situado entre o "tag"/assinatura de rua e o bombing. Letras rápidas normalmente sem Arte de Rua ou Graffiti preenchimento de cor (apenas contorno).
- Top to bottom" - Carruagem ou carruagens pintadas de cima a baixo, sem chegar no entanto às extremidades horizontais.
- Toy - O oposto de King. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.
- Train - Denominação de um comboio pintado.
- Whole Train - Carruagem ou carruagens inteiramente pintadas, de uma ponta à outra e de cima a baixo.
- Wild Style - Estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.
- Writer - Escritor de grafite.
[editar]Galeria
Referências
- ↑ Dicionário Houaiss, verbete "grafito".
- ↑ Grafite ganha espaço em Museu de Arte Contemporânea.
- ↑ Empresa contratada pela prefeitura apaga grafite no centro de SP.
- ↑ Nunca e Osgemeos pintam paredes da Tate Modern, em Londres.
- ↑ Pichação: escrita, tipografia e voz de uma cultura na cidade de São Paulo.] (PDF).
- ↑ The Village Voice, 23.03.1982. Jean-Michel Basquiat and the Contemporary Art Scene, por Roberta Smith (em inglês).
[editar]Ver também
[editar]Ligações externas
- Graffiti: arte de rua, poesia e protesto. Por Carolina Gutierrez. Outras palavras, 11 de setembro de 2010.
- Expressivism and Resistance: Graffiti as an Infrapolitical Form of Protest against the War on Terror, por Guillaume Marche. Revue française d’études américaines 2012/1 (n° 131).
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